Certificados de Aforro

Vi agora uma notícia que me assustou.
A Direccção Geral dos Impostos decidiu penhorar os certificados de aforro dos contribuintes com dívidas.
Até aqui tudo muito bem, já que devem, ao menos que paguem.
A pergunta que eu levanto é a seguinte: se o Estado pode "meter a mão" nas contas daqueles que devem, usar os seus dados fiscais e bancários para saber onde pára o dinheiro e ir directamente à fonte recolher aquilo que acha que é seu por direito, o que é que impede o mesmo Estado de ir recolher dinheiro onde bem lhe apetecer (ou seja, à conta do contribuinte) de acordo com as suas necessidades, sob um qualquer outro pretexto?
Neste caso não se coloca a questão, já que são devedores, mas e se a crise continua e o Estado se vê sem verbas? O sigilo foi quebrado nesta situação. Aberto o precedente, o que impede que se volte a verificar?
Não seria caso para se ver um pouco para além da acção e se pensar nas suas consequências?

Obrigado!

Bem, os 100 passaram mas os 200 não ficam esquecidos. Um grande OBRIGADO a todos aqueles que por aqui passam esperando novidades (que são poucas admito...)e que deixam a sua marca neste blog. Com sorte daqui a mais um anito, pode ser que chegue ao Top 500 :P

Orgulho Português

Uma pérola de há algum tempo no Levanta-te e Ri, que acho que está a fazer falta com tudo aquilo que se vê e ouve por aí hoje nas notícias.
VIVA PORTUGAL!!

Santo Orçamento!!!

Uma coisa que agora anda na boca de toda a gente, especialmente até estar finalmente definido, é o "novo" orçamento de Estado.
Tendo em conta que o grande problema nestas contas é que o Estado supostamente não tem dinheiro para mandar cantar a missa a um cego, logo tem que fazer cortes e reajustes, eu ainda gostaria de saber porque é que todos somos sacrificados menos os senhores deputados.
Ora senão vejamos: 44 medicamentos vão deixar de ser comparticipados; o investimento nas universidades diminuiu, querem cortar fundos à Madeira, qurem aumentar de forma descomunal a oferta de hoteis de luxo no Algarve porque estes são uma boa fonte de rendimento para o Estado, os aumentos da função pública são inferiores à inflação e para cúmulo ainda querem que os pensionistas descontem para o IRS, ADSE e que paguem taxas moderadores nos hospitais, isto tendo em conta que a maioria dos reformados do país vive com uma pensão que não lhes chega sequer para os medicamentos. Quem quer que seja que veja isto diz "Eh pá... Este país 'tá mesmo mal!"
Mas agora, pasmem, os senhores deputados e afins, que têm reformas vitalícias de 1300€/mês no mínimo, vão ver investidos 6,4% do Orçamento de Estado para melhorar as suas "míseras" reformas. Isto corresponde a um investimento de cerca de 7,6 MILHÕES de Euros!!!
Sendo que eles recebem essas reformas, mais as correspondentes aos trabalhos fora da política, quer sejam eles de director da empresa X ou Y, ou advogado ou o que quer que eles fizessem antes de exercerem actividades políticas (e que continuam a exercer durante a dita actividade),e que recebem uma reforma por cada um dos cargos que ocuparem (ou seja se forem num ano deputados e no outro ministros, recebem duas reformas), eu pergunto com a minha inocência de membro do povo porque diabos é que eu ando a tirar o que comer da minha boca para dar àqueles gajos?!